Tem gente que ama dirigir, mas tem medo de abandonar o volante ao chegar na terceira idade. O que nem todo mundo sabe é que idade não é, necessariamente, um motivo para abandonar a direção. Para alguns, deixar o carro na garagem significa perder a independência e autonomia.

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) não determina uma idade máxima para a direção e nem para requerer ou renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), mas estabelece algumas regrinhas. Nesse sentido, a autoescola deve orientar o cliente sobre a necessidade do exame de aptidão com mais frequência após os 60 anos. Isso porque é impossível definir pela idade as condições para dirigir ou não.

A resolução do Contran nº 007/98 regulamenta que os exames médicos para a renovação da carteira de habilitação devem ser feitos de 5 em 5 anos até os 65 anos de idade. E a partir daí, os exames médicos são exigidos a cada 3 anos.

A visão do motorista costuma ser o principal motivo que compromete a renovação da habilitação. A partir dos 65 anos, a condição visual piora e é mais comum a ocorrência de doenças oculares, em especial a catarata e glaucoma. Os exames de vista feitos no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) podem identificar condições mais sérias, então o motorista é orientado a procurar a ajuda especializada de um oftalmologista. Se considerada inapta temporariamente, a pessoa pode tratar o problema e voltar a realizar o exame.

Assim, a decisão de parar de dirigir não deve ser relacionada à idade e sim, às condições físicas e psicológicas do condutor do veículo, estabelecida com base em exames, principalmente, de visão e audição. Independentemente da idade, o motorista e a família devem ficar atentos aos sinais de perigo: se o condutor bate o carro com frequência, apresenta dificuldades para estacionar ou se fura o sinal vermelho porque não consegue distinguir as cores.

Dirigir é para todos. O importante é sempre fazer os exames no tempo certo, ser prudente no volante e estar atento às leis de trânsito.