Radares: como funcionam? Como e quando recorrer?

É intrigante e simples o modo como os radares eletrônicos funcionam. Criados a partir da década de 90, eles têm colaborado para a segurança e ordem no trânsito de todo o país. No começo, seus sistemas ainda eram complexos e pouco eficientes. Mas, com o avanço da tecnologia, foram aprimorados, e ganharam outras funções e conseguem reconhecer carros fora do rodízio ou sem licenciamento.

Até o fim dos anos 90, o Brasil tinha aproximadamente 500 radares de trânsito. Hoje, só na capital paulista, são mais de 580 equipamentos. Para ter ideia da grandiosa estrutura, só entre 2006 e 2012, o total de multas no município cresceu 149%. Cada R$ 1,00 investido em radares na cidade rende R$ 14,00 em multas.

Tipos de radares

  • Fixo: redutores - como lombadas eletrônicas - e controladores de velocidade (presos em postes, os famosos pardais).
  • Estático ou fixo: fica em um veículo parado, sobre um tripé ou em qualquer outro tipo de apoio.
  • Móveis: fica dentro do veículo do agente de trânsito. Ele mede em movimento, a velocidade dos carros que passam ao seu lado.
  • Portáteis (pistola): o agente aponta o equipamento para o veículo e registra a velocidade. Esse equipamento não gera a imagem da infração.

  • A fotografia só é obrigatória em radares fixos, estáticos e lombadas eletrônicas do veículo durante a infração.

    Como funcionam os modelos estáticos e a lombada eletrônica?

  • A velocidade é calculada por 2 ou 3 sensores no asfalto. Quando um carro passa por cima, eles enviam sinais para o computador. Medindo o tempo entre os pulsos e dividindo-o pela distância entre os sensores, encontra-se a velocidade do carro.
  • Os sensores estão ligados à câmera. Quando acusam alta velocidade, ela é acionada. Os modelos digitais tiram fotos de 640 x 480 pixels e têm um programa que identifica a placa dentro da foto. As imagens são criptografadas e informações como data, velocidade e local são incluídas.
  • Um operador analisa os dados e pode registrar a infração ou anular a multa. Nesse último caso, as informações (inclusive a justificativa da anulação) ficam armazenadas para auditoria interna.

  • Obs. As câmeras filmam sem parar, mas só gravam quando os sensores acusam a infração.

    E como funcionam os móveis ou portáteis (pistola)?

  • Controlados por um operador, os radares móveis emitem ondas eletromagnéticas que atingem os carros e são rebatidas pelos carros por eles. Segundo a propriedade científica Efeito Doppler, a frequência da onda rebatida é proporcional à velocidade do carro. Com isso, dá para saber se o veículo está acima da velocidade e multá-lo.

  • Como recorrer em caso de multa indevida?

  • Caso o condutor sofra algum tipo de autuação da qual exista uma justificativa plausível, é possível um recurso que poderá anular a multa, tanto no valor a ser pago quanto na pontuação na habilitação.
  • Uma defesa mal elaborada pode colocar tudo a perder. O auxílio de um profissional especializado como você, para a construção da defesa, poderá utilizar termos técnicos e embasamento na legislação de trânsito.
  • É sempre importante recorrer quando a multa do radar não condiz com a situação relatada na suposta infração e se possível, no momento em que o motorista for autuado. Vale lembrar que a multa fica suspensa até o final do processo do recurso.
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