Para o DENATRAN, qualquer alteração nas características originais do carro precisa ser previamente autorizada, vistoriada e constar no documento. Isso vale para modificações em cor, motor, potência e conversão para GNV (Gás Natural Veicular), muito usado por autoescolas. Veja o passo-a-passo para a conversão:

1. Antes de fazer as alterações no carro, o proprietário deve procurar um despachante para providenciar uma vistoria no DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito) de sua cidade. Após esse processo, é solicitada a autorização prévia para alteração de características e uma autorização para requerer o CSV (Certificado de Segurança Veicular). Para tanto, são pedidos o CRV (Certificado de Registro de Veículo), documento oficial com foto (RG ou CNH) e CPF (Certidão de Pessoa Física).

2. Após a 1ª vistoria e com as autorizações, o dono do carro vai até uma oficina credenciada pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para uma vistoria. O custo da conversão pode chegar até R$ 6 mil. Estando tudo de acordo com as normas de segurança e tendo a autorização, a oficina emite o CSV (Certificado de Segurança Veicular).

3. Com o CSV em mãos, o veículo segue para o DETRAN para uma nova vistoria. Nessa etapa, são exigidos comprovante de residência (que pode ser conta de água, luz, gás ou serviços de telecomunicação emitidos há no máximo 6 meses) e, nota fiscal do kit GNV e do serviço de adaptação. Estando tudo de acordo, o DETRAN emite um novo CRV com a observação de modificação e o que foi alterado.

4. Atenção: o dono do carro que não regularizar a alteração no DETRAN está cometendo uma infração grave e pode ser multado e penalizado com a perda de 5 pontos na carteira de motorista.

5. Automóveis com GNV deverão obrigatoriamente ter o sistema de gás vistoriado em um posto autorizado pelo INMETRO todos os anos. Também recomenda-se revisões a cada 6 meses, ou a cada 10 mil km. Isso porque o peso adicional pode afetar a suspensão, velas, cabeçotes e válvulas do veículo.