GNV, Flex ou Híbrido: quais as vantagens e desvantagens de cada um

Se anos atrás o motorista tinha de escolher entre um carro a álcool ou a gasolina, agora, as alternativas privilegiam a liberdade de escolha da fonte de energia. Para esclarecer as principais dúvidas, listamos alguns pontos. Confira:

GNV

Em novembro de 2015, a Comgás comemorou 504 conversões ao GNV (Gás Natural Veicular) de automóveis no estado de São Paulo, número mensal recorde registrado pela companhia que tem concessão do abastecimento de gás na região. Antes de falar dos de prós e contras, recomenda-se que o veículo rode acima de 1 mil km por mês para compensar os custo da conversão.

Prós
  • Economia: segundo a Comgás, o gás registra rentabilidade 50% superior por km rodado se comparado a gasolina e ao etanol
  • Segurança de não receber combustível adulterado, já que não há manuseio humano no abastecimento
  • O gás natural poupa lubrificante, pois não há contaminação com o óleo
  • Mais sustentável, pois não emite monóxido de carbono
  • IPVA mais barato: imposto de apenas 1% sobre o valor do carro
Contra
  • Custo de instalação varia de R$ 4 mil a R$ 6 mil - dependendo do tamanho do cilindro. Além disso, o carro precisa passar por inspeção veicular anual
  • O sistema de ignição composto por velas, cabo de vela e bobina, apresenta um desgaste 30% mais rápido que no combustível líquido
  • Poucos postos de abastecimento
  • Menor espaço do porta-malas
  • Perda de cerca de 10% da potência do carro, por causa do aumento do peso do cilindro, que pesa em torno de 70kg
  • Exige carro com motor acima de mil cilindradas
Flex - convencional

O motor movido a combustível duplo ficou popular no Brasil. Ele possibilita ao motorista escolher se irá abastecer com etanol ou gasolina, podendo funcionar até mesmo com ambos.

Prós
  • Possibilidade de escolha entre álcool e gasolina no abastecimento
  • O álcool é um combustível menos poluente do que a gasolina e fabricado por meio de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar
Contra
  • De acordo com o INMETRO, o rendimento do etanol nos carros flex é, em média, 32% mais baixo que o da gasolina, tanto na cidade quanto na estrada. Por esse motivo, vale a pena abastecer com álcool se ele custar, no máximo, 68% do preço da gasolina
Híbrido

Os carros híbridos possuem um motor de combustão interna, a gasolina ou diesel e um motor elétrico, alimentado por baterias. As fontes de energia podem funcionar juntas ou separadamente. Com isso, ocorre uma redução no esforço do motor de combustão e menor consumo de combustível, ao mesmo tempo que emite menos poluentes.

Segundo a EPA (Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos), um carro híbrido pode rodar - em trânsito - 25,5 km por litro e 21,5 km por litro na estrada. Pode parecer estranho, mas ao contrário dos carros convencionais, o automóvel híbrido tem melhor rentabilidade na cidade. Isso ocorre por causa da "frenagem regenerativa", que recupera energia para a bateria quando o motor elétrico gira ao contrário por causa da redução de velocidade.

Prós
  • Em maio de 2014, a Prefeitura de São Paulo aprovou a lei que prevê que carros híbridos e elétricos emplacados na cidade tenham a devolução de 50% do valor pago no IPVA, que corresponde a parte que cabe à Prefeitura, já que o imposto é estadual
  • Em situações como um engarrafamento, onde a potência do motor elétrico é suficiente, ocorre o desligamento do motor à combustão. Isso possibilita melhor otimização do consumo de combustível
  • Pode ser abastecido a gasolina em qualquer lugar
Contras
  • Fabricados em menor escala, os carros de modelos híbridos ainda têm alto custo de aquisição. Não há modelos populares e os veículos podem ser 30% a 40% mais caros que modelos similares com tecnologia flex
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